Carência de vitamina D – um problema global!
A vitamina D é essencial para a formação e a manutenção de dentes e ossos saudáveis, regulação do sistema imunológico e proteção contra outras doenças graves!
Embora pesquisadores estejam se tornando cada vez mais conscientes do quão importante seja a vitamina D para a saúde humana, a sua deficiência e insuficiência permanecem comuns, de acordo com uma pesquisa global, conduzida por pesquisadores holandeses e publicada no The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology em 2010.
Os pesquisadores têm sabido há muito tempo que a vitamina D é essencial para a formação e a manutenção de dentes e ossos saudáveis. Nos últimos anos, no entanto, estudo após estudo confirmaram um papel crítico para a vitamina D na regulação do sistema imunológico e outros importantes processos corporais. Estudos também têm demonstrado que níveis suficientes para proteger contra o raquitismo ainda podem levar a doenças crônicas, como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças auto-imunes, tais como o diabetes tipo 1, esclerose múltipla ou a artrite reumatoide. Em contraste, uma maior ingestão de vitamina D pode ajudar a prevenir ou possivelmente até mesmo curar tais condições.
O sol é a chave
Na revisão de 2010, os pesquisadores observaram que 50 a 90 por cento da vitamina D de uma pessoa é produzida em sua pele após exposição à radiação ultravioleta da luz solar. O restante vem da dieta ou de suplementos. Os pesquisadores concluíram que as principais variáveis que afetam os níveis sanguíneos de vitamina D são a latitude, o tempo gasto ao sol, a pigmentação da pele (pele mais escura absorve vitamina D mais lentamente) e os comportamentos de bloqueios de ultravioleta tais como cobrir a pele com protetor solar ou com roupas. Os pesquisadores examinaram os níveis de deficiência e insuficiência de vitamina D ao redor do mundo e procuraram explicá-las usando estas variáveis.
Eles descobriram que a deficiência é “muito comum” no Oriente Médio e correlaciona-se altamente com as práticas de evitar exposição ao sol ou uso de roupas de alta cobertura. Da mesma forma, constataram que o status de vitamina D moderado ou ruim é “comum” na África e especularam que isso pode ser devido aos tons de pele mais escuros e à cultura de evitar a exposição ao sol.
Apesar de numerosos estudos terem descrito a deficiência de vitamina D na América do Norte como generalizada, os pesquisadores holandeses descreveram a situação como “muito melhor” do que em outras regiões, em grande parte devido à fortificação de leite e de elevados níveis de consumo de suplementos.
Na Europa, os pesquisadores constataram notavelmente menos deficiência nos países do norte que nos do Mediterrâneo e atribuíram isso à diferenças de tons de pele, comportamentos de busca do sol e consumo de óleo de fígado de bacalhau. Baixos níveis de vitamina D foram mais comum entre os imigrantes não-europeus, especialmente de gestantes. Na Austrália e Nova Zelândia, imigrantes asiáticos foram mais propensos a sofrer de deficiência ou insuficiência, por serem filhos de mães deficientes em vitamina D.
Embora a deficiência de vitamina D tenha sido descrita como “altamente prevalente” na China e na Índia (que os pesquisadores não explicaram), o status de vitamina D no Japão e no sudeste asiático foram descritos como “melhores”.
Em geral, os melhores níveis parece terem sido encontrados na América Latina, onde os pesquisadores descreveram o status de vitamina D como “normalmente… razoáveis.”
Os pesquisadores concluíram que, em todas as partes do mundo, a deficiência e a insuficiência de vitamina D continuam a serem muito comuns, especialmente entre os grupos de alto risco, incluindo imigrantes, mulheres grávidas, crianças e idosos.
Vá para fora!
De acordo com William B. Grant, diretor do Sunlight, Nutrition, and Health Research Center (que não esteve envolvido no estudo), a melhor maneira de melhorar seu status de vitamina D é passar mais tempo ao sol. Grant diz que as pessoas devem se expor “tanto do corpo quanto possível sem protetor solar perto do meio-dia, no momento em que a sua sombra seja menor que a sua altura, por 10 a 30 minutos dependendo da pigmentação da pele, tomando cuidado para não se tornar rosa, vermelho ou se queimar.”
“Com exposição solar de corpo todo, pode-se produzir ao menos 10.000 UI/dia em um curto período de tempo,” diz ele.
http://vitaminadbrasil.org/2013/11/24/baixos-niveis-de-vitamina-d-um-problema-global/